Notícia n. 238 - Boletim Eletrônico IRIB / Fevereiro de 1999 / Nº 37 - 26/02/1999
Tipo de publicação
Notícia
Coleções
Edição
37
Date
1999Período
Fevereiro
Description
AINDA OS CARTÓRIOS E O ESCÂNDALO DA MANDIOCA - OTribunal Regional Federal da Quinta Região iniciou o julgamento de 24 acusados no escândalo (24/2). Segundo o Ministério Público, a fraude foi comandada por Edmilson Soares Lins, que era gerente do Banco do Brasil, em Floresta, a 439 quilômetros de Recife. O jornal O Globo afirma que Edmilson formou uma quadrilha que envolvia funcionários do Banco do Brasil, técnicos do Governo, cartórios, fazendeiros, advogados e testas-de-ferro. E continua: "Valendo-se de escrituras fictícias, superdimensionamento de propriedades e agricultores fantasmas, o grupo conseguia obter financiamentos para o plantio de mandioca. O cultivo não era feito e os falsos agricultores ainda recebiam indenização do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária, que, pela lei, deveria indenizar lavradores prejudicados por problemas climáticos, como a seca." Ao mesmo tempo em que começava em Recife o julgamento de 24 envolvidos na fraude de 1,5 bilhão de cruzeiros (R$ 20 milhões) o governo anunciava que os 2,6 milhões de hectares de terras do NE utilizados na fraude vão ser incorporados ao programa de reforma agrária, onde serão assentadas 50 mil famílias de sem-terra. Segundo o jornal, fontes do governo afirmam que os "produtores" plantavam maconha com dinheiro de empréstimos contraídos junto ao Banco do Brasil para plantio de mandioca. Consta também que 1,5 bilhão de cruzeiros foi desviado e gasto em mansões, carros de luxo, fazendas, aplicações no mercado financeiro e viagens internacionais. O procurador Pedro Jorge de Melo e Silva foi assassinado em 1982, durante as investigações. (O Globo - 25/2)
Direitos
IRIB – Instituto de Registro Imobiliário do Brasil
Article Number
238
Idioma
pt_BR