Notícia n. 6000 - Boletim Eletrônico IRIB / Maio de 2004 / Nº 1155 - 31/05/2004
Tipo de publicação
Notícia
Coleções
Edição
1155
Date
2004Período
Maio
Description
VALE PARAIBANO – 15/4/2004 - Casamentos duram menos e separações aumentam no Vale - Principais cidades da região reproduzem tendência apontada em pesquisa do IBGE Max Ramon Acabou o tempo das promessas para Santo Antônio e da corrida pelo buquê da noiva em algumas das principais cidades do Vale do Paraíba, o número de separações e divórcios quase se equipara ao de casamentos. Todos os meses, 290 casais oficializam sua união nos três maiores municípios da região (São José, Taubaté e Jacareí). Ao mesmo tempo, outros 155 resolvem pôr fim ao casamento. Os números refletem uma tendência nacional registrada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última década. De acordo com o órgão, o número de casamentos no Brasil diminuiu 4% entre 1991 e 2002. No mesmo período, o volume de separações teve um aumento de 30,7% e o de divórcios, 55,9%. Segundo o IBGE, a separação judicial ocorre a partir do momento em que o casal não divide mais as responsabilidades do matrimônio. Já o divórcio ocorre apenas um ano após a separação, quando a decisão é reconhecida pela Justiça. Oficiais dos cartórios de registro civil das três maiores cidades do Vale afirmam que o número de separações e divórcios tem aumentado gradativamente nos últimos anos. Em alguns casos, como no 2o Subdistrito de Taubaté, a média mensal de dissoluções matrimoniais já supera a de casamentos – 25 a 15. "As pessoas não querem mais se casar. Em compensação, o número de pessoas que pedem a separação é cada vez maior", afirmou Patrícia Candelária de Mattos, oficial do cartório. MÉDIAS - Taubaté lidera o ranking regional de separações. A cada mês, são oficializadas 85 uniões matrimoniais contra 65 dissoluções. Para Rogério Lopes, professor de Antropologia da Unitau (Universidade de Taubaté), o aumento do número de divórcios e separações é fruto de vários fatores, entre eles a emancipação feminina. "A inserção da mulher no mercado de trabalho fez com que ela se tornasse mais independente. lsso tem um reflexo direto no relacionamento do casal." O ‘fenômeno' descrito por Lopes é o retrato de histórias como a do técnico em refrigeração Juarez Pacheco Mello Júnior, 42 anos, de São José, que se divorciou há dois anos depois de mais de uma década de casamento. Hoje, seu filho de 14 anos vive com a mãe, que trabalha como secretária-executiva e abriu mão da pensão. "Antes, a mulher dependia muito do homem, ma as coisas mudaram.” Hoje, um casal gasta R$ 198 para oficializar um matrimônio em um cartório de registro civil. Uma separação sai por R$ 37,50. (Vale Paraibano/SP, seção Geral, 15/4/2004, p.4).
Direitos
IRIB – Instituto de Registro Imobiliário do Brasil
Article Number
6000
Idioma
pt_BR