Notícia n. 10300 - Boletim Eletrônico IRIB / Fevereiro de 2008 / Nº 3237 - 11/02/2008
Tipo de publicação
Notícia
Coleções
Edição
3237
Date
2008Período
Fevereiro
Description
DIÁRIO DO NORDESTE – 7/2/2008 Estímulo à construção será mantido em 2008 - Carlos Eugênio Disponibilidade de recursos leva os setores da construção civil e imobiliário a projetarem alta de 8% este ano Se depender da disponibilidade de recursos financeiros, os setores da construção civil e imobiliário cearense e brasileiro devem continuar em expansão em 2008, perseguindo os mesmos 8% de crescimento registrados em 2007 no Estado. A avaliação tem por base declarações do presidente do Sindicato da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), Roberto Sérgio Ferreira, e previsões da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Independentemente do receio de uma recessão nos Estados Unidos, ambos apostam na expansão do setor este ano, puxada, sobretudo, pela grande disponibilidade de dinheiro nos bancos, pelo incremento nos níveis de poupança brasileiro e pela determinação dos governos federal, estadual e municipal em realizarem obras em 2008. Segundo dados da Abecip, com a expansão prevista para este ano, o crédito imobiliário deve atingir 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), 3,6%, em 2009, podendo chegar a 10%, em 2015. Outras explicações para o incremento do setor estariam na baixa relação entre os financiamentos e o PIB, no grande déficit habitacional brasileiro — em torno de oito milhões de moradias, sendo 160 mil somente no Ceará — e na possibilidade de os bancos privados também poderem financiar a compra ou a construção da casa própria, com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), antes restrito à Caixa Econômica Federal. Dados do Banco Central revelam que enquanto o crédito imobiliário brasileiro representa apenas 1,7% do PIB, no Chile soma 15%, no México, 11% e na Espanha, cerca de 44%. Os bancos estão com muito dinheiro em caixa e investir no financiamento de imóveis é uma atividade muito segura’, avalia o presidente do Sinduscon-CE. Ele reconhece que com a crise no mercado imobiliário americano, os bancos ficaram temerosos em investir no setor, ‘mas nada que irá desestimulá-los a aplicar em imóveis’. Segurança Conforme disse, o modelo de financiamento imobiliário brasileiro, além de amarrar o bem ao ente financeiro enquanto durar o tempo do empréstimo, aqui o juro é fixo, os prazos também foram alongados, mas o cliente não pode utilizar o imóvel financiado para alavancar capital novo, como ocorria nos Estados Unidos. Ferreira avalia, no entanto, que a maior parte dos recursos será aplicada no financiamentos de imóveis para as classes média e alta. Os próprios bancos também sinalizam que a faixa de financiamento que mais irá crescer este ano, será a destinada para imóveis entre R$ 100 mil e R$ 120 mil. Dificilmente os bancos irão aplicar em imóveis populares. Isso deve continuar com a Caixa’, aponta o empresário cearense. Para ele, além da disposição ou oportunidade dos bancos privados ampliarem os investimentos no setor, o governo Federal, através da Caixa, deverá alavancar a construção civil com a abertura de novos contratos do Programa de Arrendamento Habitacional (PAH). Na expectativa de que grandes obras públicas, como as do Metrofor e do Transfor, ‘entrem nos trilhos’ ainda este ano, Ferreira destaca que ‘2008 será o ano capital para o metrô (de Fortaleza) aparecer’. (Diário do Nordeste/CE, Seção Negócios, 7/2/2008).
Direitos
IRIB – Instituto de Registro Imobiliário do Brasil
Article Number
10300
Idioma
pt_BR