Notícia n. 5283 - Boletim Eletrônico IRIB / Dezembro de 2003 / Nº 940 - 02/12/2003
Tipo de publicação
Notícia
Coleções
Edição
940
Date
2003Período
Dezembro
Description
CAIXA inicia comercialização de fundo de recebíveis que financiará obra de interesse social - Fundo captará R$ 105 milhões para financiar conjunto com 1,7 mil apartamentos na Zona Leste de São Paulo A Caixa Econômica Federal inicia a comercialização na próxima segunda-feira, dia 1º de dezembro, das cotas do primeiro Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios do país voltado para a execução de obras de interesse social. O anúncio foi feito nesta quarta, dia 26, pelo presidente da CAIXA, Jorge Mattoso, e pela prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, durante solenidade na Bolsa de Valores de São Paulo. Ao todo, o FIDC PIPS CAIXA Brasil Construir Residencial Cidade São Paulo captará, através da venda de cotas, R$ 105 milhões. Os recursos serão utilizados na construção do Residencial Cidade São Paulo, um empreendimento organizado pela Companhia Metropolitana de Habitação (COHAB-SP) da Prefeitura de São Paulo com 1.694 unidades habitacionais que serão vendidas, através de financiamento, a servidores municipais. Mais de 7 mil servidores se inscreveram para ter acesso às unidades habitacionais e, após uma triagem inicial feita pela COHAB, aproximadamente 5 mil deles estão sendo selecionados pela CAIXA para adquirirem o financiamento. O fundo se enquadra no Programa de Incentivo à Implantação de Projetos de Interesse Social (PIPS), criado pelo Governo Federal. O PIPS cria uma série de incentivos a fundos de investimento deste tipo, que utilizam recursos privados captados no mercado para permitir a execução de obras que interessem à população. Também prevê parcerias entre diversas esferas do poder público com o setor privado. O Residencial Cidade São Paulo, que será construído com os recursos captados por este primeiro FIDC que a CAIXA está lançando, terá sete edifícios com imóveis habitacionais voltados para famílias de diferentes classes de renda e também unidades comerciais. Cada tipo de imóvel será financiado com uma taxa de juros diferenciada, que varia entre 6% a 12% ao ano, sendo que famílias de menor renda terão juros menores. O conjunto também contará com imóveis comerciais, incluindo supermercado (também financiado pelo FIDC) e um conjunto educacional (Mini-CEU) a ser construído pela Prefeitura de São Paulo. As obras, no bairro de Itaquera (Zona Leste da Capital), devem começar no início de 2004 e o prazo para entrega é de 12 meses. "A CAIXA se orgulha de ser a primeira empresa a montar um fundo nesta modalidade, que promove a parceria entre o setor público e a iniciativa privada como forma de conseguir recursos para enfrentar o problema da falta de moradias", diz o presidente da instituição, Jorge Mattoso. A CAIXA está analisando projetos de vários estados e prefeituras para a criação de novos FIDC que financiarão projetos de interesse social no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Bahia e Minas Gerais, entre outros. "O uso do FIDC para o financiamento de projetos de intreresse social só foi possível graças à criatividade da equipe técnica da CAIXA, que soube responder com velocidade às demandas do governo federal e propor esta solução de parceria público-privada", diz o vice-presidente de administração de ativos de terceiros da instituição, Wilson Risolia. Como funciona Em um primeiro momento, as cotas serão negociadas com investidores institucionais, que podem manifestar seu interesse em adquiri-las a partir da próxima segunda-feira, dia 1º. Em um segundo momento (data a ser definida) as cotas estarão a disposição de clientes - pessoas físicas e jurídicas - de todos os portes nas agências da CAIXA. O limite mínimo para o investimento é de R$ 3.000,00. O fundo deverá captar R$ 105 milhões no período máximo de 180 dias. Ao adquirir cotas, o investidor também estará "adquirindo" os recebíveis decorrentes dos contratos de financiamentos assinados pelos mutuários do empreendimento. O comprador do imóvel pagará mensalmente, durante 20 anos, as prestações do contrato acrescidas de juros, que constituirão o retorno do investimento ao cotista. Para aumentar a liquidez das cotas após a constituição dos fundos, elas poderão ser negociadas no mercado secundário, a partir de uma parceira efetuada entre a CAIXA e a SOMA/Bovespa e o retorno médio ao cotista está estimado em 9,5% a.a. + INPC. Este fundo é indicado aos investidores que desejam aplicar seus recursos em um produto que proporcionará uma renda mensal com uma taxa média de retorno previamente estimada. Os recursos aplicados terão proteção contra perdas decorrentes da inflação, uma vez que os direitos creditórios adquiridos são indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC. O fundo recebeu classificação de "baixo risco de crédito" (rating A) pela empresa Austin Rating Serviços Financeiros Ltda. (www.caixa.gov.br)
Direitos
IRIB – Instituto de Registro Imobiliário do Brasil
Article Number
5283
Idioma
pt_BR