Notícia n. 7292 - Boletim Eletrônico IRIB / Março de 2005 / Nº 1616 - 14/03/2005
Tipo de publicação
Notícia
Coleções
Edição
1616
Date
2005Período
Março
Description
O LIBERAL – 24/2/2005 Cartório Civil Arquivo conserva história de Americana. - Apenas 2% dos livros de registros precisaram passar por restauração Luciano Assis Americana – O zelo e a qualidade do material usado para arquivar os livros de registros do Cartório Civil de Americana durante os últimos cem anos, mantiveram em ótimo estado de conservação os documentos que radiografam a vida na cidade desde o dia 7 de janeiro de 1905 até os dias atuais. Durante a restauração dos livros do Cartório, realizada no ano passado, apenas 2% dos documentos precisaram passar pelo processo. "Todo o material, desde o papel até os tinteiros usados, são de ótima qualidade", destacou a titular-oficial do Cartório, Fátima Cristina Ranaldo Caldeira, que assumiu o local em 1994. Antes dela, o cartório foi administrado por José Ferreira Aranha, José Aranha Neto, Walter Tebet e Lúcia de Campos. Em todos os documentos assinados por esses titulares está escrita a vida do município, desde a formação da Vila de Americana até a sua transformação num dos principais centros industriais do Estado. "O círculo de vida de todos está aqui: o nascimento, o casamento para constituir uma nova família e a morte", lembra Fátima Cristina. Outros tempos... Para a titular, os primeiros livros abertos no cartório demonstram mais sobre a cidade do que muitos livros de história escritos nas últimas décadas. Neles é possível observar como era a vida naquele começo de século XX. O primeiro ponto a chamar a atenção é a forma de registrar os nascimentos. Apenas o primeiro nome era anotado, junto aos nomes dos pais. “A filiação tinha importância capital para se reconhecer as pessoas. O sobrenome contava pouco", explica Fátima, mostrando o registro de Benedicta, a primeira pessoa a ser registrada no Cartório. Nascida no dia 20 de dezembro de 1904, ela só seria registrada quase um mês depois. O registro de óbito da mesma Benedicta mostra que ela faleceu em agosto de 1985, fechando o ciclo ao qual se referiu Fátima Cristina. Lá também estão o nome de Cecília, o primeiro óbito de Americana, após a inauguração do cartório. Filha de Pedro Pinto e de Antônia Pinto de Camargo, o bebê de apenas dois anos teve uma inflamação intestinal durante a noite de 2 de fevereiro daquele ano, no bairro Cachoeirinha, vindo a falecer no dia seguinte. No mesmo dia em que os pais choravam a morte da pequena Cecília, o casal Astorri Ferruccio e Maria Regina Delben se uniram no primeiro casamento oficial registrado na cidade de Americana. (O Liberal/SP, seção Caderno L, 24/2/2005, p.13).
Direitos
IRIB – Instituto de Registro Imobiliário do Brasil
Article Number
7292
Idioma
pt_BR