Notícia n. 6529 - Boletim Eletrônico IRIB / Outubro de 2004 / Nº 1328 - 01/10/2004
Tipo de publicação
Notícia
Coleções
Edição
1328
Date
2004Período
Outubro
Description
A CRÍTICA – 31/8/2004 - População chega a 182 milhões - Números do IBGE indicam que há 34 anos os brasileiros somavam 93 milhões, embora com crescimento em queda Rio de Janeiro – O número de habitantes do Brasil deve chegar a 182 milhões de pessoas neste ano, segundo a Revisão 2004 da projeção populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita com base no Censo 2000. A população estimada para 2004 é quase o dobro da existente no País em 1970, que era composta por aproximadamente 93 milhões de pessoas. De acordo com a revisão, a população do Brasil em 2000 foi estimada em 171,3 milhões de pessoas, o que coloca o País na quinta posição do ranking dos 192 países ou áreas investigadas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Considerando essa revisão, a população brasileira deve alcançar os 259,8 milhões de habitantes em 2050 e ocupar o sexto lugar no ranking mundial. O balanço do IBGE demonstra, no entanto, que o ritmo de crescimento da população brasileira está diminuindo. A taxa de crescimento da população recuou de 3% ao ano, no período 1950-1960, para 1,44% ao ano, em 2004. A previsão é que recue ainda mais, para aproximadamente 0,24%, em 2050. Por volta de 2062, de acordo com o IBGE, a população do Brasil deve parar de crescer podendo, inclusive, passar a registrar taxas negativas. Segundo o IBGE, se fosse mantida a taxa de crescimento de 3% ao ano verificada na década de 50, a população brasileira atingiria em 2004 aproximadamente 262 milhões de pessoas. Mulher O número de mulheres deverá continuar aumentando no Brasil em relação ao total de homens. De acordo com a Revisão 2004 da projeção populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000 o número de mulheres superava em 2,9 milhões o total de homens no País. A expectativa é que em 2050 o contingente de mulheres seja 6 milhões maior do que o de homens. Em 1980, para cada grupo de cem mulheres, havia 98,7 homens. A diferença aumentou ainda mais em 2000, com 97 homens para cada 100 mulheres. A projeção é que em 2050 a proporção fique por volta de 95%. Essa diferença, segundo o IBGE, ocorre porque os homens geralmente morrem mais cedo do que as mulheres, por causa de acidentes e homicídios. Envelhecimento A projeção do IBGE é de envelhecimento da população. Segundo o Instituto, em 2000, enquanto as crianças de 0 a 14 anos correspondiam a 30% da população total, o contingente com 65 anos ou mais representava apenas 5%. Em 2050, de acordo com o IBGE, os dois grupos etários terão participação de aproximadamente 18% na população total. Na estimativa do IBGB, em 2050 cerca de 13,7 milhões de pessoas deverão ter 80 anos ou mais, contra 1,8 milhão em 2000. Metodologia O sistema de estimativas populacionais divulgado pelo IBGE incorpora os resultados dos parâmetros demográficos calculados com base no Censo Demográfico 2000, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios até 2001 e as informações mais recentes das Estatísticas Vitais do Registro Civil. Segundo o IBGE, as estimativas populacionais têm fundamental importância para o cálculo de indicadores sociodemográficos nos períodos intercensitários. Essas estimativas alimentam as bases de informações de ministérios e secretarias estaduais e municipais da área social para a implementação e a posterior avaliação de seus respectivos programas. Para realizar a projeção da população do Brasil, o IBGE utilizou o chamado método das componentes, que incorpora as informações sobre as tendências observadas da mortalidade, da fecundidade e da migração em nível nacional. Mortalidade infantil em baixa A taxa de mortalidade lnfantil no País caiu, mas ainda é superior a de países vizinhos. Segundo a versão preliminar da Revisão 2004 da projeção populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, de cada mil crianças nascidas vivas, 30 morreram com menos de um ano. Em 1970, este número chegava a cem. A melhora do indicador está relacionada ao aumento a escolaridade feminina, à elevação do percentual de domicílios com saneamento básico e a um melhor acesso aos serviços de saúde. Apesar da queda, o País ainda apresenta uma taxa superior a de países como Argentina (21 por mil), Chile (12 por mil) e Uruguai (15 por mil). O Brasil ocupa o 100o lugar no ranking das mais baixas taxas de mortalidade infantil entre 192 países. Desde a década de 40, com a utilização dos antibióticos no combate a doenças infecto-contagiosas, o País começou a reduzir a taxa da mortalidade infantil. Campanhas de vacinação, de aleitamento materno e os agentes comunitários de saúde contribuíram para modificar o quadro. O País ainda está muito longe, no entanto, dos resultados de países como Cingapura (2,9 por mil), Japão (3,2 por mil) e Suécia (3,4 por mil). Nos dois últimos, a mortalidade baixa está associada a enfermidades cujo controle depende de um forte volume de investimentos em pesquisas na área de biotecnologia o engenharia genética. A expectativa de vida também interfere nos resultados da mortalidade infantil. A partir da década de 80, a violência passou a afetar negativamente a estrutura por idade das taxas de mortalidade, principalmente dos jovens do sexo masculino. Manaus é a oitava em população Há hoje no País 14 municípios com mais de 1 milhão de habitantes, entre eles Campinas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As estimativas das Populações dos 5.560 Municípios Brasileiros revelam ainda que, em relação a 2003, houve aumento da população em 72,6% dos municípios e queda em 27,2%. Em nove deles, 0,2% do total, o número se manteve estável. São Paulo lidera e lista dos mais populosos, com 10.838.581, crescimento de quase 1% em relação ao ano passado. Em seguida aparece o Rio de Janeiro, que ultrapassou, pela primeira vez, a marca dos 6 milhões de habitantes, Salvador (2.631.831), Belo Horizonte (2.350.564) e Fortaleza (2.321.657). No ranking dos dez a única mudança ocorreu com Manaus, que ultrapassou Recife e está na 8a posição, com 1,592,555. O Estado de São Paulo abriga também o de menor número de habitantes: Borá, com 818 pessoas. Atrás dele vem Serra da Saudade (MG), com 884, Anhanguera (GO) com 908, Lagoa Santa (GO), com 951, e Oliveira de Fátima (TO), com 1.006. O IBGE divulga as estimativas de população de todos os municípios brasileiros anualmente, até 31 de agosto, em cumprimento à Lei 8.443, de 1992. Os dados estão no "Diário Oficial da União". É com base nesses dados que é feito o repasse do Fundo de Participação das Municípios. Os prefeitos têm até 31 de outubro para questionar os dados do Instituto de pesquisa. Segundo Ivan Lins, pesquisador do IBGE, cerca de 250 governantes questionaram os dados no ano passado. "Há casos de fraude. Houve um município que acrescentou mais de 5 mil habitantes”. (A Crítica/AM, seção Brasil, 31/8/2004, p.A7).
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